Drogas Psicotrópicas
O grupo de drogas psicotrópicas apresenta duas linhas principais de atividade: uma voltada para a divulgação de informações científicas e a outra voltada para geração de informações através de pesquisas científicas.
1. Divulgação de Informações
A divulgação de informações de qualidade sobre drogas psicotrópicas representa um dos primeiros passos para uma melhor orientação da situação do consumo indevido de drogas no Brasil. No entanto, estudos têm mostrado a carência de informações de qualidade, não apenas entre a população geral, como também entre profissionais das diferentes áreas.
Nesse sentido, ao longo dos últimos anos, o CEBRID foi desenvolvendo um setor especificamente voltado para a divulgação de informações de qualidade, que possui credibilidade e representa uma referência nacional para a busca de conhecimentos.
Atualmente, o CEBRID é diariamente consultado por pessoas dos mais diferentes perfis; médicos, psicólogos, professores, advogados, jornalistas, familiares de dependentes, estudantes, entre outros.
As principais formas de divulgação de informações são:
- Livretos informativos para alunos do ensino fundamental;
- Boletins informativos – com tiragem trimestral de cerca de 8.000 livretos;
- Banco de Publicações: com mais de 3.500 publicações nacionais sobre drogas – utilizado como referência nacional para busca de informações científicas;
- Respostas individualizadas por carta, internet e telefone;
- Entrevistas para meios de comunicação como jornais, revistas, rádio e televisão;
- Cursos e palestras.
2. Pesquisas científicas
A linha de pesquisa do CEBRID é caracterizada por uma série de estudos voltados para a avaliação quantitativa e qualitativa do consumo de drogas psicoativas no Brasil, como levantamentos populacionais entre estudantes e, crianças e adolescentes em situação de rua. Realizou em 2001 o Primeiro, e em 2005 o Segundo Levantamento Domiciliar Nacional sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, envolvendo as 108 maiores cidades do país. Realizou ainda, cinco Levantamentos sobre o consumo de drogas psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio, sendo o último em 2004, realizado nas 27 capitais do país. Os levantamentos sobre a utilização de drogas entre meninos em situação de rua também já completou cinco unidades publicadas, sendo a última em 2003 também em todas as 27 capitais brasileiras. Também são avaliados indicadores epidemiológicos como as internações hospitalares, apreensões de drogas pela Polícia Federal, laudos do IML, artigos jornalísticos, sistema de psicofarmacovigilância, notificações de receitas de medicamentos psicotrópicos, violência familiar, entre outros.
A avaliação do perfil do uso de drogas em uma dada população permite o desenvolvimento de programas assistenciais mais realistas e ainda, quando a pesquisa é realizada sistematicamente, passa a representar um indicador fundamental para a avaliação dos resultados de intervenções eventualmente implementadas em um dado período de tempo.